Palavras-chave: Cânhamo; aplicações industriais; mercado
O cânhamo (do inglês Hemp e espanhol Cáñamo), assim denominadas as variedades da espécie Cannabis sativa L. com finalidade não psicotrópica, é uma das culturas agrícolas mais antigas conhecidas pela humanidade e estima-se que seja utilizada há mais de 10 mil anos. Através de um estudo taxonômico-químico confirmou-se a origem asiática (Ásia Central) da planta, onde é utilizada para diferentes finalidades desde milênios antes de Cristo até os dias de hoje, por exemplo na China e Egito.
O cânhamo agrícola é mundialmente conhecido por sua versatilidade, tanto para adequação em diferentes condições edafoclimáticas quanto para utilizações pós-colheita. Papel, tecidos, interiores de veículos, tapetes de isolamento, polímeros e aditivos de polímeros para embalagens, concreto, entre outros, podem ser elaborados a partir da matéria prima desta cultura. A crescente popularização atual da espécie vegetal não está apenas relacionada à pluralidade de utilizações que esta fornece, mas também devido ao baixo impacto ambiental ou até mesmo positivo de sua produção agrícola e seus produtos.
Como estas variedades contém teores insignificantes, menores que 0,3%, de THC (a principal molécula responsável pelos efeitos psicoativos da C. sativa), todo produto obtido a partir do cânhamo não possui toxicidade, ou seja, não devem ser confundidos com aqueles para uso adulto ou recreativo. Segundo a European Industrial Hemp Association (EIHA), o cânhamo é repleto de nutrientes e suas sementes são ricas em proteína de alta qualidade, ficando atrás apenas da soja como uma das melhores fontes de proteína de origem vegetal. Na União Européia e outros locais como Estados Unidos e China, o cânhamo é uma cultura agrícola regulamentada e suas populações desfrutam desta planta como uma fonte de ácidos graxos essenciais (Ômega-6 e 3), vitaminas (vitamina E, B) e minerais (ferro e magnésio) na forma de cereais, farinhas, proteína isolada, azeite e outros ingredientes.
Fonte: Cultivo do cânhamo industrial na europa. European Industrial Hemp Association, 2021.
Vários países da América Latina já apontaram seu posicionamento a respeito da ilegalidade desta planta para a produção de alimentos e matérias primas industriais. A política brasileira segue estacionada quanto à regulamentação deste setor alimentício e industrial que detém possibilidade de geração de empregos e capital interno.
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