Engenharia genética na cannabis

Palavras chaves: Cannabis, transgênicos, OGMs, edição gênica, CRISPR, cânhamo, maconha medicinal

O homem, desde a domesticação das primeiras espécies vegetais, pratica o melhoramento genético e a cannabis não ficou fora desse processo. Ela é considerada a primeira planta cultivada para outros fins além da alimentação humana, nesse caso as fibras do cânhamo. 

Durante a evolução, o melhoramento era feito de forma empírica e apenas sensorial, onde plantas que apresentavam as melhores características de interesse (para determinada época, região, cultura e uso) eram selecionadas a partir de seus fenótipos (seleção massal). As características selecionadas são, por exemplo, produtividade total, tamanho do órgão de interesse, palatabilidade e resistência das fibras.

Devido aos avanços científicos em áreas como estatística e as descobertas de Mendel em genética, abordando a herdabilidade de características controladas por um ou poucos genes, que as diferentes técnicas e ferramentas foram desenvolvidas e aprimoradas para predizer e avaliar ganhos genéticos, propondo cruzamentos mais eficazes em programas de melhoramento.

Seguindo adiante na história, além da descoberta do DNA por Francis Crick, em meados do século XX, outro importante fator que influenciou a aceleração do conhecimento em melhoramento genético foi a informática. Nos últimos 65 anos descobrimos como o DNA funciona, criamos máquinas que pudessem lê-lo e então, ferramentas para reescreve-lo. 

A possibilidade de editar o genoma em plantas e animais é um grande marco para essa época, que demonstra os grandes avanços conquistados pelos cientistas e pesquisadores. 

Essas espécies que sofrem mutações induzidas são os Organismo Geneticamente Modificados (OGMs). Mas como essas tecnologias podem auxiliar no melhoramento da Cannabis sativa L.?

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