O potencial do cânhamo industrial como bioinseticida

Palavras-Chave: Ecológico; MIP; Oleoresina; Cânhamo industrial.

A busca por uma vida longeva e mais saudável está gradualmente alterando os padrões mundiais de consumo. Não apenas quando se trata de comer menos ou consumir alimentos classificados como “saudáveis”, mas também contribuir para a consolidação de um mercado cada vez mais preocupado com a relação entre os seres humanos e o meio ambiente que ocupam, classificado popularmente como “ padrão ecológico de consumo”. 

As exigências por produtos como tecidos, cosméticos, fármacos e alimentos provenientes de um sistema de produção sustentável e com menor aplicação de agroquímicos vêm impactando, sobretudo, os moldes de agricultura mundiais, abrindo mercado para o cultivo orgânico e pressionando todos os modelos de produção a tornarem-se gradativamente mais conservacionistas.

  Foi pensando nos novos rumos da agropecuária que pesquisadores desenvolveram diversas técnicas para o controle entomológico e fitossanitário das culturas de interesse econômico. Dentre eles, o MIP (Manejo Integrado de Pragas) apresentou excelentes resultados ao associar um conjunto de medidas preventivas ao uso de agentes biológicos, como insetos antagônicos às pragas, e compostos biológicos, como óleos essenciais e seus derivados, como produtos de controle químico sintéticos, porém apenas após uma identificação precisa das pragas e elaboração de um plano de decisão coerente ao nível de dano econômico causado na cultura.

 Com o fortalecimento desse novo modelo ecológico, criou-se a demanda por produtos de origem natural que possuam a eficácia e a aplicabilidade necessária para o MIP. Essa necessidade de mercado, associada ao crescente interesse científico nos inúmeros usos da Cannabis sativa spp. foram fatores suficientes para o início das pesquisas focadas em utilizar a oleoresina, derivada das folhas e inflorescências do cânhamo industrial para combater insetos e pragas.

Faça o login para acessar o texto completo.