Palavras-chave: poliploidismo; genética; produtiviade
Com o crescente mercado internacional da cannabis, países como Canadá, Estados Unidos, Uruguai e Holanda têm investido mais em pesquisas e tecnologia aplicada nos cultivos de produção. O melhoramento genético é uma área que se destaca, pois para se produzir em grande escala é necessário desenvolver e selecionar variedades específicas para diferentes necessidades. Mutações genéticas têm grande parte nos estudos voltados para ciência dos genes e, nos últimos anos, uma mutação em específico tem sido analisada e estudada com mais frequência, a poliploidia. Contudo, mesmo com experimentos de grandes marcas de sementes e laboratórios de todo mundo, as pesquisas ainda apresentam informações incompletas e duvidosas, pois esse tipo de estudo exige anos de análise.
Os poliplóides são organismos que apresentam um ou mais conjuntos de cromossomos, sendo alguns deles tetraploides e triploides, com 4 e 3 pares, respectivamente. Casos espontâneos de poliploidia são raros, já que é necessário uma falha no processo de divisão celular ao longo do desenvolvimento. Todavia, a poliploidia pode também ser induzida através da aplicação de antimitóticos como colchicina. Essa indução de poliploidia tem sido estudada e explorada extensivamente por melhoristas de plantas para desenvolver culturas com características aprimoradas, como produtividade, tamanho, vigor e conteúdo de químicos e metabólitos. Várias outras vantagens da manipulação da polida de espécies de cultivos agrícolas foram documentadas na literatura científica. Diversos estudos mostraram aumentos relevantes na concentração de metabólitos ativos em plantas tetraplóides de Artemisia annua, Thymus persicus, Echinacea purpurea e Parthenium tanacetum. Um outro estudo demonstrou o aumento do rendimento de metabólitos secundários em várias safras de plantas medicinais ou oleaginosas essenciais, como Papaver bracteatum, Lavender vera, Echinacea purpurea e o mais próximo da Cannabis, o Humulus lupulu. Além disso, estudos mostram que versões poliplóides de várias espécies de plantas ornamentais como a poinsétia (Eu-bela phorbia × E. cornastra) e híbridos de murta (Lagerstroemia indica) e hibisco (Hibiscus rosa-sinensis) obtiveram, na fase reprodutiva, flores significativamente maiores do que suas contrapartes diplóides.
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