Regulamentar a maconha para salvar a economia

No ano de 2020 vivemos uma grande crise mundial, causada pelo coronavírus e principalmente pela crise do sistema capitalista que historicamente se repete, de tempos em tempos.  Os países, sobretudo aqueles em desenvolvimento como é o caso do Brasil,  buscam alternativas para que a sociedade possa se reerguer, ou seja, precisamos encontrar meios para gerar renda, emprego e principalmente movimentar o mercado aquecendo a economia.

Uma alternativa viável para que o país possa superar essa crise é a otimização do agronegócio com instalação de culturas com alto potencial de rentabilidade. Dessa forma uma alternativa muito interessante é a regulamentação dos mercados de cannabis. A cannabis não necessariamente precisa, necessariamente, ser legalizada para uso adulto ou recreativo, pois  possui outras diversas aplicações e é capaz de gerar renda, e emprego nas mais diversas áreas. Além disso, sem contar que a planta pode revolucionar diversos mercados e aquecer o comércio dos mais variados produtos. Como já ocorre em outros países que têm seu mercado regulamentado.

A cannabis pode ser usada como composto de produtos de beleza, já que esta possui uma absorção muito boa pela pele e tem um efeito antioxidante muito benéfico principalmente para produtos da área de dermatologia e cremes para cabelo. Ela também tem diversas aplicações médicas e, como já citamos em textos anteriores, pode ser usada para tratamento de acne, anorexia, alzheimer, artrite, artrose, autismo, câncer, dependência de outras substâncias, depressão, dermatite, diabetes, endometriose, epilepsia, esclerose, fibromialgia, doenças gastrointestinais, glaucoma, aids, obesidade, osteoporose, parkinson, paralisia cerebral, TOC, pode ser utilizada também como analgésico e essas são apenas algumas das utilizações já descobertas da planta.

E vai além disso, ela tem muitas aplicações industriais, podemos utilizar sua fibra para fazer tecidos, que são mais fortes e resistentes que o algodão tão usado hoje em dia. Esse tecido de cânhamo pode ser utilizado para fazer vários produtos já que apresenta uma resistência alta ao tempo e principalmente à água. A planta também já foi utilizada para a elaboração de derivados plásticos que podem ser utilizados pela indústria da construção civil, pela indústria automotiva, e até mesmo pela aviação. Como já se sabe existe um avião da Hempearth, empresa canadense, que é todo feito a base de cânhamo, e além de ter suas asas, assentos, travesseiros e estrutura interna feitos de cânhamo, ele utiliza também um biocombustível feito da planta.

A cada dia novas descobertas são feitas e agora que a cannabis está finalmente sendo pesquisada pelas instituições nacionais mais usos dessa planta que caminha com a humanidade há pelo menos 3.000 anos.

Será que é então chegada a hora de regulamentar esse mercado e produzir a cannabis em solo nacional? E se sim, quais seriam os desafios que teremos que enfrentar ?

No Brasil é proibido por lei plantar cannabis, apenas quem possui o habeas corpus para cultivo pode fazê-lo, mas há um país vizinho que produz em grande quantidade a erva, apesar de suas péssimas condições de trabalho e a proibição que faz com que seja o tráfico seu principal produtor; o Paraguai. Em 2019 o governo do Paraguai destruiu cerca de 3 mil toneladas de maconha em operações com o apoio da polícia federal do Brasil. Já no ano de 2020 a PF apreendeu de uma só vez 28 toneladas de maconha prensada, sendo esta a maior apreensão da série histórica da polícia federal. Segundo o número de apreensões, a safra deste ano foi maior que a dos anos anteriores. 

Mas, porque os cultivadores ilegais do Paraguai estão produzindo tanto? O fato é que o cultivo de cannabis no Paraguai apresenta diversas problemáticas. O cultivo feito pelo tráfico tem como mão de obra pessoas em sua maioria com baixa escolaridade e poucas oportunidades. São também vítimas do sistema criminoso, que por muitas vezes não oferece condições mínimas de sobrevivência, se caracterizando em muitos casos como trabalho escravo. Por ser um cultivo ilegal, que portanto não segue nenhuma norma de fiscalização ou agencia regulatória, fica quase impossível saber o que foi usado para cultivo da erva, tornandoo que a torna inviável para o uso da indústria ou farmaceutico.

Mas com tantos problemas, porque então o tráfico está conseguindo produzir tanto? A principal variável que permite tal cultivo é o clima. Um clima favorável ao cultivo de cannabis faz com que seja razoavelmente fácil se produzir em grande quantidade, é claro que a substância produzida pelo tráfico tem seu destino o uso recreativo, mas é inegável que o cultivo de cannabis não só é possível como também é viável em solo latinoamericano.

Como já foi demonstrado também no relatório de viabilidade da ADWA, disponível no link ADWACannabis, o Brasil possui a maior parte de suas áreas com boa ou muito boa aptidão para o cultivo de cannabis, sendo as áreas inviáveis aquelas que possuem um volume pluviométrico mais alto como o Pantanal e a Amazônia. Sendo a Cannabis uma planta que naturalmente “protegeria” esses Biomas. Já as áreas mais favoráveis se encontram no nordeste e em regiões de solo degradado nas quais a introdução da cannabis como cultura agrícola seria benéfica tanto para a recuperação da região degradada quanto para a geração de renda, o comércio e a indústria no local. 

Muitos problemas relacionados à dificuldade de regulação do cultivo da Cannabis, estão ligados a dogmas de alguns segmentos da sociedade. A planta com diversas aplicações nos diferentes segmentos industriais e mercadológicos já se mostra viável nos países que têm seu cultivo regulamentado. Sendo uma possível solução para gerarde empregos e renda dada as condições de solo e clima nacionais, além de toda a infraestrutura do agronegócio nacional que possibilitam ainda mais a obtenção de sucesso na implementação deste mercado.

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